quarta-feira, fevereiro 22, 2006

História do Mundo em 6 Copos

Terminei de ler ontem a história do mundo através dos copos.
O chá teve uma importância imensa na Inglaterra, e de certa forma marcou o declínio do império britânico. A Companhia Britânica das Índias Orientais, que detinha um imenso poder, monopolizava a importação do chá da China para a Europa, que em certo momento, foi de longe, através de impostos, a maior fonte de renda que o governo inglês recebia da Companhia. Quando a China resolveu se fechar, fizeram experiências com as plantas na Índia, e deu certo. O chá também se tornou um dos símbolos da resistência norte-americana aos impostos inglêses, que acabou resultando na independência dos Estados Unidos.
Depois vem as colas, na verdade a soda, que surgiu da água com gás, e depois os refrigerantes. O mais popular, e portanto o principal representante das colas e refrigerantes, é claro, a Coca-Cola, que é tida como símbolo da globalização e do poderio norte-americano. A Coca-Cola é apreciada no mundo inteiro, e não há marca tão conhecida como ela. Ela foi sem dúvida, a bebida do século XX. Aliás, para quem gosta de Coca-Cola ou do assunto, recomendo ler o livro "Por Deus, Pela Pátria e Pela Coca-Cola", de Mark Pendergrast, que como diz Tom Standage, é a obra definitva sobre o assunto.
Por último, o autor faz uma reflexão sobre o líquido do futuro, que talvez seja, veja só, a água, pois a sua escassez, pelo desperdício e poluição, pode levar a um futuro sombrio para a Terra e para os serem que vivem nela. Há um crescente número de pessoas que bebem água em garrafinhas de plástico, mesmo que, curiosamente, pelo menos em países desenvolvidos, a sua confiabilidade é igual ou menor do que a água da torneira. Há indústrias que colocam fotos ou desenhos de geleiras e fontes de lugares bucólicos e despoluídos no rótulo, mas que na verdade colhem sua água de um poço feito na cidade mesmo. A preservação da água é realmente uma das principais preocupações que o ser humano deve ter nas próximas décadas. Nota 8.0

terça-feira, fevereiro 21, 2006

História do Mundo em 6 Copos

Bem, acabaram-se as bebidas alcoólicas. A primeira das 3 não alcoólicas é o café, que foi muito importante na Inglaterra e na França, embora sua origem seja na Arábia. Haviam cafés públicos espalhados por Londres e Paris, e nas duas cidades os cafés eram distribuídos por tópicos, assim, havia cafés para artistas, outros para políticos, outros para homens de negócios, para cientistas, etc, mais ou menos como as comunidades do Orkut de hoje. Aliás, no livro, na página 122, há uma comparação dos websites modernos com os cafés públicos da época, que eram fontes de muitas informações, mas nem sempre confiáveis. A diferença é que nos cafés ingleses (e holandeses) havia liberdade total para se falar ou publicar textos, ao contrário, na França, a liberdade era controlada e havia muitos espiões do "governo" nesses cafés.
O chá, a segunda bebida não alcoólica da lista, surgiu na China, mas conquistou os ocidentais, e hoje é quase uma bebida-símbolo da Inglaterra. Segundo o livro, é uma bebida que conquistou o mundo. Mas ainda estou no (sub-)capítulo onde o Chá Chega à Europa.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

História do Mundo em 6 Copos

Na semana passada comecei a ler o livro "História do Mundo em 6 copos", de Tom Standage, da Editora Jorge ZAHAR, com 214 páginas, e um adendo até a página 226 com agradecimentos,
apêndice e fontes, além das Referências Bibliográficas das páginas 227 à 231 (ISBN 8571108935). O livro, como explica o título, conta a história da nossa civilização através de 6 bebidas, 3 alcoólicas (cerveja, vinhos e destilados) e 3 não-alcoólicas (café, chá e colas), nessa ordem. A cerveja foi a primeira a ser descoberta, e na verdade foi um acidente que iria acontecer mais cedo ou mais tarde, pois a fermentação dos grãos era inevitável, já que eles eram armazenados para épocas de escassez e não havia recursos para impedir que o processo se consumasse. Começou na região do "Crescente Fértil" - Mesopotânia - Egito - e se espalhou para outras regiões. Posteriormente os gregos começaram a produzir vinho, que teve uma origem semelhante a da cerveja. O vinho era considerado mais fino, e foi muito usado na Grécia antiga, no Symposiom, e na Roma antiga, no convivium. Posteriormente descobriu-se os destilados, justamente destilando vinho, que era bem mais forte do que vinho fermentado. A história é interessante, embora seja - história - propriamente dita,a história da humanidade contada através dessas bebidas.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

O Monge e o Executivo

Li em dois dias, tendo terminado na segunda-feira, o livro "O Monge e o Executivo", de James C. Hunter, da Editora Sextante, com 139 páginas (ISBN 8575421026). O livro conta a história de John Daily, executivo de sucesso, que em um determinado momento percebe que sua vida não está indo tão bem assim, tanto no trabalho, como em casa. Por sugestão de sua mulher ele procura o pastor da igreja deles que o aconselha a participar de um retiro/curso num mosteiro beneditino. Lá ele encontra Leonard Hoffman, um executivo de sucesso que havia "desaparecido" do mercado. John e mais cinco alunos participam então de um curso ministrado por ele com profundos ensinamentos de como se deve exercer a liderança. Alguns personagens parecem ser retirados de filmes, como o sargento que está lá sempre pra contrariar. Há muitas mensagens interessantes no livro, mas achei que grande parte era óbvia, como por exemplo, ter respeito pelos liderados, ser honesto com eles etc. A informação relevante, e também explicado no livro, é que você deve se conscientizar de que não basta simplesmente conhecer as regras. As pessoas em geral sabem como devem agir, mas muitas simplesmente não agem da forma correta. O ensinamento primordial, para mim, é que você precisa se esforçar para fazer com que seja assim, que a teoria que você tem na sua cabeça precisa se transformar em prática na sua vida. Nota 8.0

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Colônia Capella - A Outra Face de Adão

Terminei de ler hoje o livro "Colônia Capella - A Outra Face de Adão", de Pedro de Campos por instruções do espírito Yehoshua ben Num, da Lúmen Editorial, com 378 páginas. O livro explica que a evolução espiritual na Terra se deveu a espíritos decaídos de um planeta que orbita a estrela Capella, na constelação de Auriga. Ele conta passo a passo a evolução da vida na Terra, com ênfase nos primatas e hominídeos. O livro parece bem fundamentado cientificamente, e preenche as lacunas que a ciência não consegue explicar, com "soluções espíritas". Há muito o que se aprender com esse livro, sobretudo a parte da evolução do homem propriamente dito. A idéia básica é que o "Paraíso" bíblico era o planeta em que estavam, e por não estarem a altura, espiritualmente, vieram estagiar na Terra, para expiar seus erros e ajudar o desenvolvimento tecnológico com seus conhecimentos científicos. Claro que isso é apenas uma simplificação, o livro é bem completo no assunto, e obviamente não se dedica somente a evolução física, mas sobretudo a espiritual. Por causa disso ele conta a história das civilizações, depois que o desenvolvimento físico do homem chegou ao seu estágio atual, há poucos milhares de anos. A teoria parece um pouco fantasiosa, mas a história da civilização é real. O problema é que achei o livro cansativo de ler. Não prende a atenção. Eu li muito lentamente, demorando cerca de um mês para terminar. Nota 4,5