quarta-feira, novembro 30, 2005

Viaje na Viagem

Terminei de ler hoje “Viaje na Viagem – auto-ajuda para Turistas”, de Ricardo Freire, com 330 páginas, da Editora Mandarim. Esse é ‘O’ livro de Ricardo Freire, e é realmente “uma viagem”. Muito divertido de ler, o Ricardo deixa o leitor à vontade, como se estivesse conversando com a gente. Ele é muito viajado, o que nos faz sentir uma inevitável invejinha (mas de um jeito muito positivo). Ele descreve lugares, dá dicas, conselhos, sempre mantendo a humildade de dizer que as preferências são gostos pessoais dele, não que sejam as melhores opções, isso depende de cada um. Ele é cheio de metáforas muito legais. A divisão que ele faz dos tipos de viagens é literalmente deliciosa: viagem-buffet, viagem-rodízio, viagem-pizza e viagem-dégustation. Depois ele discorre sobre uma série de assuntos relacionados a viajar, como a forma de arrumar malas, como ganhar e usar milhas, praias, guias de viagens, Internet, etiqueta, etc. Sempre de um jeito bem humorado e muito criativo na forma de escrever. Há umas partes do livro, em páginas amarelas, onde ele descreve roteiros-sugestões dos tipos buffet, rodízio, pizza e dégustation além de um anexo com um “Pequeno dicionário de destinos” no final do livro, também em amarelo que são um pouco chatas de ler, e se você não fizer questão de ler o livro inteiro, bem que pode pular, pelo menos alguns roteiros e alguns termos do dicionário. Mas o livro é, por assim dizer, imperdível para quem gosta, nem que seja um pouco, de viajar, seja na prática, seja na teoria. Nota 9

sexta-feira, novembro 25, 2005

Postais por escrito

Li em poucos dias o livro "postais por escrito", de Ricardo Freire, com 153 páginas, da editora Mandarim. Ricardo Freire é um (como Murilo Felisberto o intitulou) "turista profissional". Na verdade ele também é publicitário, mas escreve livros sobre turismo, e crônicas sobre tudo, e especialmente viagens. Nesse livro ele fala um pouquinho de algumas viagens que ele fez. O livro é dividido em três partes: "Oriente Expresso", "Pela Internet" e "Turista profissional". Na primeira parte ele dedica a textos sobre uma viagem que ele fez ao oriente entre dezembro de 1992, e fevereiro de 1993 e em janeiro de 1996 às Ilhas Maldivas, no segundo, que ele publicou, eu acho, na Internet, ele fala sobre Europa, Africa e Bora Bora, em viagem (ou seriam viagens) entre setembro e dezembro de 1998 e o terceiro capítulo ele dedica ao Brasil. O jeito do Ricardo (olha a intimidade) escrever é bem divertido e irreverente. Ele fala das experiências, das suas opiniões e dá bons conselhos para quem quiser fazer alguma viagem pelos lugares onde ele passou. Há alguns desenhos ni livro, mas acho que ficaria muito melhor se ele colocasse o mapa dos lugares que foi, e se possível, fotos. Nota 8

quarta-feira, novembro 23, 2005

Casório ?!

Terminei de ler o livro da Marian Keyes. Assim como previsto, o livro é muitíssimo gostoso de ler. Ela oscila entre um namorado e outro, mas acaba ficando com alguém que na minha opinião era esperado. O jeito dela descrever os problemas terríveis pelos quais ela passa, de um jeito tão bem humorado, parece um talento especial dela. Um ponto que parece ser fundamental para a qualidade da leitura é a tradução. O nome do tradutor é Renato Motta, e devo confessar que senti uma espécie de decepção quando vi que era um homem, e não uma mulher que traduziu. Parecia tão natural, tão Marian, tão Lucy. Não parecia ser uma tradução de um homem. Ele conhece muito de escrever, de inglês, e de português. Um exemplo típico é quando ele traduz, na página 68, alguma expressão do original para: (A Lucy estava para ir embora de uma festa) "Então ficou combinado. E bem na hora, por que a festa logo a seguir caiu do galho deu dois suspiros e depois morreu". Achei muito bem escrito, e obviamente não deve ter sido literalmente traduzido. Isso tudo fez do livro um dos melhores que lí esse ano. Nota: 9,5

quarta-feira, novembro 16, 2005

A Menina que fez a América

Nesse feriado tomei conhecimento de um livro, que finalmente lí emprestado, hoje. É um livro infantil chamado "A Menina que fez a América" de Ilka Brunhilde Laurito, da FTD, com 111 páginas. O livro se lê em duas horas, e conta a história de Fotunata ou Fortunatella, que nasceu em 1890, e ficou cedo órfã de pai. A mãe, jovem ainda, se casa novamente e vai para o Brasil. Ela é criada pelos avós maternos, enquanto seu irmão, Caetano, é criado pelo avô paterno. Eles moram em Saracena, pequena aldeia da Calábria. O livro, contado pelas palavras de criança de Fortunatella, conta o seu dia-a-dia em Saracena, as brincadeiras com as amigas, a convivência na escola e com os primos; até o dia em que sua mãe manda passagens para ela e o irmão irem para o Brasil. A partida é triste, mas ela como criança, se adapta bem a tudo. O livro termina com a chegada dela e do irmão ao Brasil (Porto de Santos, e depois São Paulo), e o encontro dela com a mãe, o padrasto e seus novos meio irmãos. A leitura é agradável e há muitas ilustrações feitas por Patrícia Lima. Nota 7.0

sábado, novembro 12, 2005

Casório ?!

Na quinta-feira, dia 10, à noite,na praça de alimentação do segundo andar do shopping Nova América, comecei a ler "Casório ?!", de Marian Keyes, da editora Bertrand Brasil com 642 páginas. Estou no início do livro, onde Lucy, a personagem principal, vai com as amigas numa taróloga. Ela "prevê", entre outras coisas que Lucy se casará "Antes que as folhas caiam no chão pela segunda vez" (pag 28). O livro é a ´cara´ da Marian Keyes, e portanto delicioso de se ler. Ainda estou no início (pag 55), mas acho que vai ser bem divertido.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Reduzido a Pó

Terminei de ler hoje um outro livro. Na verdade eu "filei" o livro das livrarias. Sempre guardava o número da última página e recontinuava em outra livraria ou principalmente na mesma. É a primeira vez que faço isso, pelo menos a ponto de ler o livro todo.
O título é "Reduzido a pó" de Ana G. da Editora Record, com 301 páginas. A história é a narração de parte da vida de Ana G., que preferiu usar um pseudônimo para contá-la. Ela, mãe de um filho e duas filhas, de classe média alta, descobre que seu filho está usando drogas. A partir daí ela narra todo o sofrimento e a decadência que a vida dela sofreu por causa disso. O filho, que teve seus momentos carinhosos, era uma pessoa prepotente, e se tornou extremamente egoísta e violento. Usou de chantagens emocionais e fez um mal irreparável a mãe e a família como um todo. Ela se sentiu também muito culpada, não só por não ter diagnosticado e feito o que achava que devia fazer no início, como também por acabar prejudicando as outras filhas por causa dele. É um relato comovente, emocionante e muito triste. O livro não tem um final feliz, mas também não é infeliz, na verdade não tem final, por que a história é real e a vida não acaba. O que ele tem é um início feliz. O livro é realmente muito bem escrito, e se a Ana G. não era escritora, ela achou seu talento. É de prender a atenção e de se ficar lendo até 50 páginas em pé, sem vontade de largar. Devo ter demorado umas duas semanas para ler ele todo, mas acho que se tivesse comprado, e tivesse tempo, teria lido ele em dois ou três dias no máximo. De certa forma também me sinto culpado por não ter comprado o livro e não ter ajudado a Ana G., mas tão logo terminei, convenci a uma pessoa a comprá-lo e pretendo fazer o mesmo com outras pessoas, expiando assim a minha culpa. Nota 9.0

P.S.: Por uma grande coincidência, hoje, na madrugada do dia 10 para o dia 11, por causa de problemas no meu computador fiquei acordado até mais tarde. E como estava vendo televisão, vi anunciando no programa do Jô Soares que a Ana G. iria ser entrevistada. Claro que fiquei acordado para assistir (acabou de terminar a entrevista dela 02:00). Ela foi entrevistada de costa para manter o anonimato. A produção entendeu a vontade dela, e assim foi feito. A entrevista foi boa, mas foram citadas apenas partes do que é contado no livro devido ao pouco tempo que se tem.

quinta-feira, novembro 10, 2005

BRASIL O País dos Desperdícios

Ontem à noite, ou já hoje, por que já passava de meia-noite, eu terminei de ler "BRASIL O País dos Desperdícios". O autor descreve diversos problemas que ocorrem no Brasil, sempre ligado a todos os tipos de desperdício. O último capítulo - Capítulo 5. As 8 Ações nos níveis Governamentais (federal, estadual e municipal) - é uma descrição detalhada de como o projeto dele deve ser implantado no país. Acho que seria bom se todas as pessoas lessem esse livro, mas não esse capítulo. Ele é repetitivo, cheio de tabelas e gráficos e que só serveriam para um político que por ventura viesse a segui-lo. Acho sim, que é uma leitura obrigatória para todos os políticos do Brasil, sobretudo os chamados cargos executivos. Ou seja, o conteúdo do livro é bom e necessário, mas não gostei dele como obra literária. Embora entende que haja um contexto de se dar ênfase às idéias e conclusões, é muita frase repetida, e no caso do Capítulo 5, chega a ser chato de ler. Entretanto, espero que o presidente do Brasil e futuros postulantes ao cargo, o leiam. Nota 5.5