quinta-feira, março 07, 2013

Utopia Eletrônica

Título: Utopia Eletrônica
Autor: Pedro Doria
Editora: MAUAD
Páginas: 129 + Bibliografia, URLs consultadas e índice até a página 139
ISBN: 8585756322

"Utopia Eletrônica", com o subtítulo "Como fazer sucesso na Grande Rede" é, obviamente, um livro sobre a Internet, mas não é um livro técnico, é muito mais humano, e Pedro Doria coloca suas opiniões em seus diversos conselhos de como usar a "Grande Rede". O livro, é bem informal, tem o prefácil de Bruno Gouveia, o vocalista do "Biquini Cavadão", e as dicas são boas. O problema é que ele foi escrito em 1996, ou seja logo depois que a Internet comercial iniciou-se no Brasil. Ele era sysop de um BBS (alguém ainda se lembra o que era isso?), e quase não havia nada do que é atualmente usado na Internet do início da segunda década do século XXI. Para quem viveu a informática, e não só a Internet, nessa época, chega a ser nostálgico. Algumas dicas, por assim dizer, são boas e úteis, e servem até para hoje, como por exemplo, não colocar textos longos na sua página, ou no mínimo, quebrá-los em mais páginas; organizar os assuntos hierarquicamente; não enviar SPAM; divulgar sua página em todo lugar que puder e outras dicas que se não serão eternas, pelo menos ainda servirão por um bom tempo. Fala de netiquette e aborda o assunto ainda muito em voga sobre a censura na Internet. Enfim, discussões ainda válidas apesar da idade do livro. Caso alguém esteja começando a pensar em fazer um site, o conteúdo, embora antigo, ainda pode ser útil. Nota 6.5

A Nova Desordem Digital

Título: A Nova Desordem Digital
Autor: David Weinberger
Editora: Campus
Páginas: 273
ISBN: 8535222111

Tradução: Alessandra Mussi Araujo

O homem, desde a antiguidade, necessita organizar as coisas de alguma forma. Uma biblioteca por exemplo, pode ter os livros organizados em ordem alfabética, mas essa talvez não seja a melhor forma. Os livros ficam melhor para serem encontrados se estiverem organizados em categorias e sub-categorias. Há na verdade toda uma teoria sobre formas de organizar o conhecimento. Hoje, após o advento dos computadores e a Internet, está emergindo uma nova forma de encontrar a informação desejada. Na verdade, o meio digital não fica preso às limitações dos meios físicos. Os livros, por exemplo, precisam estar em algum lugar e em alguma ordem fisicamente, enquanto que informações digitais estão em qualquer e todo lugar que forem necessárias. Um arquivo digital pode estar categorizado e ordenado por infinitos critérios, e ainda, por critérios diferentes para pessoas diferentes. Essa "miscelânea" digital, é a "terceira ordem" que está revolucionando a organização do conhecimento. Esse é o tema do livro, muito bem escrito por David Weinberger, um dos autores do "The cluetrain manifest". Em geral ele começa os capítulos contando uma história qualquer, e depois a relaciona com o que deseja explanar. É uma forma boa de escrever que torna a leitura agradável, sem teorias com tecnicismos que tornam difícil e às vezes tediante o acompanhamento do texto. O conhecimento e algumas curiosidades do livros são muitas vezes surpreendentes, e as óbvias referências a Internet, Google e outros sites tornam o assunto familiar para as pessoas que usam a Internet nos dias de hoje. Nota 8.5

sexta-feira, março 01, 2013

O Melhor do Mau Humor

Título: O Melhor do Mau Humor
Autor: Ruy Castro
Editora: Cia das Letras
Páginas: 158
ISBN: 8571640920

Ruy Castro reuniu nesse livro uma série de frases relacionadas ao que ele chama de mau humor. Na verdade é sempre uma visão crítica (no mau sentido) de diversos assuntos. O livro é dividido em uma espécie de capítulos onda cada capítulo é uma letra. Por exemplo, o primeiro capítulo é A, onde estão sub-categorias da letra A como América, Amor, etc. E abaixo dessas subcategorias, estão as frases. Os autores dessas frases são pessoas como Woody Allen, Ambrose Bierce, Raymond Chandler, De Gaulle, Millôr Fernandes, W. C. Fields, Paulo Francis, Alfred Hitchcock, Mick Jagger, Fran Lebowitz, Antônio Maria, Groucho Marx, H. L. Mencken, Nietzsche, Dorothy Parker, Nelson Rodrigues, Bertrand Russell, Bernard Shaw, Stanislaw Ponte Preta, Mark Twain entre outros. É um livro fácil, rápido e gostoso de ler. Há frases muito engraçadas. Além de ser um passatempo divertido, é também uma forma diferente de pensarmos sobre vários assuntos. As vezes os autores de uma frase suscitam um ponto de vista inesperado, de uma forma que ainda não tínhamos pensado sobre aquilo. Nota 8,5

Aprendendo a Aprender

Aprendendo a Aprender
Título: Aprendendo a Aprender
Autor: D. Trinidad Hunt

Editora: Nova Era

Páginas: 198

ISBN: 8501044741

tradução: Roberto Raposo

O livro "Aprendendo a Aprender" de D. Trindad Hunt é basicamente um livro de auto ajuda que "ensina" a "viver melhor". Realmente há algumas técnicas de aprendizagem e memorização, mas há mais do que isso. As técnicas versam sobre coisas como concentração e relaxamento. Ela explica que vivemos no que ela chamou de zona de conforto, e que temos uma certa resistência em sair dela, mas quando saímos por fazermos alguma coisa diferente, e nos acostumamos a isso, nós a expandimos e de certa forma, crescemos. Entretanto, não é recomendado que isso seja feito de forma muito rápida, pois a possibilidade de fracasso é maior.
Fala que o sono ajuda no aprendizado e ensina que aprendemos melhor quando vemos muitas cores (inclusive recomenda que os leitores tenham uma caneta de 4 cores para suas anotações) e usamos todos os sentidos, pois assim, as impressões são melhores gravadas em nossa mente. Ela sustenta que a nossa capacidade de aprender é aparentemente infinita, e que quando nos dedicamos por inteiro, conseguimos "grokar" * o objeto de estudo. É um livro interessante e didático, mas achei um pouco simplista demais, como se aquelas conquistas fossem fáceis de realizar. Pode até ser que seja, é preciso seguir os passos que ela sugere. Nota 7.0

* Grokar é um termo que ela emprestou do livro "Um Estranho Numa Terra Estranha." de Robert A. Heinlein que significa algo como absorver completamente alguma coisa, no sentido de entende-la por inteiro. Ela passa a fazer parte de nós.