sexta-feira, abril 26, 2013

A luta pessoal para resolver os problemas da vida íntima

Tíulo: A luta pessoal para resolver os problemas da vida íntima
Autor: Pe. Jonas Abib
Editora: Canção Nova
Páginas: 102
ISBN: 8588727617

Não lembro como esse livro veio parar em minhas mãos, eu dificilmente compraria um livro escrito por um padre. Não que eu tenha algum preconceito, mas não confiaria que gostaria da leitura. Entretante, hoje pela manhã, peguei o livro para ler no ônibus para o Centro da cidade. O livro é de aconselhamento, mas felizmento o Pe. Jonas Abib não apela muito para a religiosidade. Na verdade, mais para o final o livro se torna mais religioso, mas não é ruim de ler. Ele ressalta alguns valores que considera importante, como evitar o desânimo a todo custo, a ter mais fé e acreditar, que as coisas se resolverão. Obviamente fala muito em Jesus e Maria, além de alguns santos. Achei que abordagem religiosa light por assim dizer, então não incomodou muito. Lí o livro, de 102 páginas, em poucas horas, o que significa que  não é chato, ao contrário, é até agradável de ler. Entretanto, como a maioria dos livros escritos por religiosos ou de auto-ajuda, ele é um pouco repetitivo e trata os leitores quase como crianças, dando o máximo de explicação possível. É um bom passatempo, e se o leitor se esforçar um pouco, pode até tirar proveito de alguns dos seus conselhos. Nota 6.0

O Universo numa Casca de Noz

Título: O Universo numa Casca de Noz

Autor: Stephen Hawking

Editora: ARX

ISBN: 8575810138

Páginas: 201 (e da 202 a 208 um glossário e depois um índice)

Tradução: Ivo Korytowski

Revisão técnica: Augusto Damineli

Stephen Hawking é um cientísta mundiamente conhecido pela sua inteligência e infelizmente pela sua deficiência física. Mesmo seu corpo sendo limitado pela sua doença, seu cérebro é muito eficaz. Eu já havia lido o livro dele "Uma breve história do tempo" e achei uma leitura um pouco complicada. No "O Universo numa Casca de Noz" ele está mais descontraído, e em alguns momentos chega a fazer algumas brincadeiras. O problema é que o assunto que ele trata é extremamente complexo. É difícil acompanhar seu eficiente reciocínio nos mistérios do Universo. Fico feliz de pelo menos ter ouvido falar em teoria das cordas, universos p-brana, buracos negros e buracos de minhoca, bósons e quarks. Achei realmente bem escrito, e muito bem ilustrado, mas acredito que a maioria das pessoas que não tem formação científica ficarão um pouco perdidas, pois a ciência da qual Stephen trata no livro é muito complexa e avançada para os tempos de hoje (início do século XXI). Ainda assim o texto é bom, mas em alguma partes do livro, não tem como entender exatamente as suas explicações. É preciso estar em dia com a física, astrofísica, e até um pouco de matemática. Ainda assim não é um livro técnico, que se usaria numa faculdade. Há poucas referências a fórmulas, e não há, pelo menos me pareceu, a intenção de ensinar alguma coisa didaticamente. É um livro para quem está interessado na cosmologia avançada desse início de século. Acredito que uma pessoa que não tem formação científica, nunca leu nada, ou muito pouco sobre o assunto, dificilmente chegará ao final. Nota 7.0

quarta-feira, abril 10, 2013

Como tornar-se um doente mental

Título: Como tornar-se um doente mental
Autor: J. L. Pio Abreu
Editora: Academia
Páginas: 188 + (de 189 a 196 de Bibliografia)
ISBN: 9788560096305

Esse livro, escrito pelo Psiquiatra do Hospital da Universidade de Coimbra, José Luís Pio Abreu, fala sobre as diversas doenças mentais. Ele dá uma receita de como se tornar fóbico, paranóico, obsessivo-compulsivo, histriônico, maníaco-depressivo e esquizofrênico, além de suas variantes. O capítulo final intitula-se "Como não ser um doente mental", explicando o ponto de vista dele de como devemos nos comportar a fim de evitar esses problemas. Achei interessante a forma como ele dividiu essse capítulo, que foi  em "Identidade/mudança", "Regras/transgressão", "Masculino/feminino", "Raciocínio/sentimento","Protagonista/platéia", "Transparência/segredo" e "Epígrafe"(*).
Acredito que o autor pretendeu, de alguma forma, ser um pouco cômico, e ele realmente consegue, mas só raramente. O problema é que fiz uma comparação inevitável com outro livro que lí há muito tempo, "Sempre pode piorar ou a arte de ser (in)feliz" de Paul Watzlawick, que é realmente engraçado, e acabei esperando mais desse livro. Uma outra característica, é que, pelo fato do autor ser português, o leitor brasileiro vai estranhar um pouco a forma dele escrever. Até que não foi muito, mas há algumas diferenças que não passam despercebidas, e que faz o texto, às vezes parecer um pouco "estranho", com palavras diferentes das que usamos no Brasil. Achei o livro quase técnico com seus quadros no início de cada capítulo ou sub-capítulo. E penso que o objetivo do autor seja esclarecer o que não se deve fazer para ter essas doenças mentais, e ele consegue, portanto o livro tem valor e é bom de ler, embora, às vezes, um pouco repetitivo. Nota 6.5

(*) De acordo com o iDicionário Aulete epígrafe é " título ou frase que, colocada no início de um livro, um capítulo, um poema etc., serve de tema ao assunto ou para resumir o sentido ou situar a motivação da obra; mote".