quinta-feira, junho 20, 2013

Um gato de rua chamado BOB

Título: Um gato de rua chamado BOB
Autor: James Bowen
Editora: Novo Conceito
Páginas: 234 + 2 de agradecimento
ISBN: 9788581631523
 
Tradução: Ronaldo Luís da Silva
 
Quando cheguei de São Paulo, no aeroporto Santos Dumont, meu irmão havia comprado dois livros para mim, um deles, esse, "Um gato de rua chamado BOB".
O livro, uma história real, narrada por James Bowen, conta a história do encontro do autor com um gatinho que encontrou no corredor do prédio onde morava. James Bowen é inglês, e morou na Austrália por um tempo. A mãe e o pai se separaram quando ele ainda era jovem, e a mãe morou com ele em diversas regiões. Ela se casou de novo, mas ele não se dava muito bem com o padrasto. Então resolveu ir para a Inglaterra morar com uma meia-irmã. Porém também teve problemas com o cunhado e resoveu sair. James morou na rua e em abrigos por alguns anos. Ele foi usuário de drogas e na época em que conheceu Bob, estava morando em um apartamento subvencionado, frequentando quinzenalmente uma clínica para se livrar da heroína e tomando remédios diariamente. Quando encontrou Bob, ele resolveu cuidar do gato que estava magro, com uma ferida na perna e perdendo pelos. Ele não planejava ficar com Bob. O que pretendia é, assim que o gatinho estivesse bem de saúde, deixá-lo voltar para as ruas. Nessa época James Bowen tocava guitarra nas praças por alguns trocados. Bob insistiu em ficar com ele, e a amizade entre eles tranfsormou a vida de James. Nada foi repentino, e até o momento em que escreveu esse livro (com ajuda do escritor Garry Jenkins), sua vida ainda era de vendedor de jornais na rua para sobreviver. O interessante da história é como o gatinho o envolveu e o fez se tornar mais responsável e visível; como ele recebeu mais atenção, e com essas mudanças, ele mudou a vida dele. É um livro muito bom e rápido de se ler (eu li em quatro dias), que mostra como a convivência com um bichinho pode ser benéfica para certas pessoas. Nota 8.0

sábado, junho 15, 2013

Amanhecer

Título: Amanhecer
Autor: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas: 459
ISBN: 9788598078731

Tradução: Ryta Vinagre

Comprei o livro "Amanhecer" em uma barraca ao ar livre, ao lado do Ed. Av. Central, no Centro do Rio. Por alguma razão, talvez por ter gostado da capa, queria comprá-lo há algum tempo. Mas juro que não sabia que ele fazia parte da série "Crepúsculo", que é sobre vampiros e lobisomens. Se soubesse não teria comprado. Entretanto, como comprei, eu o li.
A história começa com o casamento de Bella (humana) com Edward (vampiro). Na festa de casamento comparece Jake (Jacob) (lobisomem) que é apaixonado por Bella. Edward e Bella vão passar a lua de mel no Rio, em alguma ilha por aqui. E lá ela fica grávida. Eles voltam para a casa (na imediações de Seattle, eu acho) e ela tem uma gravidez relâmpago muito desagradável. Todos queriam que ela abortasse, pois achavam que era certo que ela morreria no parto. Mas isso não acontece e ela tem uma filha Renesmee que é meio humana, meio vampira. Isso aborrece os Vultori, que são uma espécie de lideres dos vampiros. Então Alice, uma vampira da nova família de Bella, prediz que os Vultori irão lá matá-los todos, e a parte final do livro trata desse confronto.
O livro não é ruim, mas é cansativo e arrastado para ler. As coisas acontecem aos poucos, coisas paralelas são narradas, detalhes de como é ser vampiro e lobisomem fazem parte da narrativa do livro. Ah sim, Jacob, o lobisomem apaixonado pela Bella, acaba se unindo aos vampiros para salvar Renesmee, com quem ele tem (ou faz) imprinting, seja lá o que é isso. O mundo do crepúsculo tem um pouco a ver com o de Harry Potter, só que para um público um pouco mais adulto. Achei a autora muito exagerada. Os rostos eram perfeitos demais, o Edward calmo demais, os perigos eram tido como certos que acabariam em morte, e na verdade não é bem assim. Acredito que o público principal da série sejam adolescentes e pós-adolescentes. Mas a história não deixa de ser interessante. Nota 6,5

terça-feira, junho 04, 2013

Adorável heroína

Título: Adorável heroína
Autor: Michael Hingson com Susy Flory
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 231 (O livro vai até a 196, seguido de uma "Linha do tempo",um "Guia de Cortesia", uma dissertação e um glossário
ISBN: 9788579303173
 
Tradução: Maurício Tamboni
 
Na sexta a noite, dia 24 de maio, fui à São Paulo de ônibus leito fazer um curso durante o sábado. Cheguei na rodoviária do Tietê pela manhã e para passar o tempo fui na livraria. Lá comprei esse livro de Michael Hingson com Susy Flory. Na verdade o livro é narrado pelo Michael, suponho que com a ajuda da Susy. Pensei que fosse um livro que, simplesmente contasse a história de Roselle, uma cadela guia de cego, e que ela tivesse feito algum ato heróico, mas não é bem assim. O autor Michael é cego de nascença, e narra alternadamente, a história da sua vida com a sua experiência no dia de 11 de setembro de 2001, quando ele estava na Torre Norte do World Trade Center, no momento em que o avião da American colidiu com o prédio em um atentado terrorista. Ele estava no 78º andar, com Roselle, e como eles desceram todos aqueles andares, e conseguiram salvar suas vidas. A descida por aquela escadaria é dramática, e depois que saíram do prédio, ele ainda conta como passou o dia até chegar em casa, perto das 19h.
É um livro muito interessante, que aborda sobretudo como ele cresceu e conviveu com a limitação causada pela cegueira. O pai dele sempre evitou que ele fosse tratado de forma diferente, e ele, na medida do possível, rejeita qualquer privilégio por conta da sua deficiência. Ele estudou em uma escola "normal", se formou na faculdade, e quando criança andava de bicicleta pelas ruas do seu bairro. É quase chocante como ele não considera a cegueira algo tão grave assim, e como ele aprendeu a viver praticamente como qualquer pessoa. É um ensinamento de como é a vida de um cego que soube desenvolver muito bem seus sentidos e superar a maioria, ou quase todos os obstáculos que encontrou na sua vida. Roselle, a "adorável heroina", se portou muito bem durante a verdadeira crise vivida no atentado terrorista, e chegou a ganhar alguns prêmios por sua atuação, que foi simplesmente guiá-lo com calma e serenidade na sua terrível descida do prédio, e fuga do Marco Zero. A única coisa que me desagradou um pouco foi que, por alguns momentos do livro ele fala muito de Deus e religião. Entendo que cada um tenha seu ponto de vista sobre o assunto, mas acho que Deus podia estar menos presente na narrativa. Ainda assim é um excelente livro. Nota 8.5