quarta-feira, julho 26, 2006

The Buenos Aires Affair

  • Título: The Buenos Aires Affair
  • Autor: Manuel Puig
  • Editora: Nova Cultural
  • Páginas: 219

Terminei de ler na madrugada de ontem/hoje o livro "The Buenos Aires Affair"; apesar do título estar em inglês, a versão que li é traduzida para português. A história é de uma artista plástica, Gladys Hebe D'Onofrio, que desaparece no início do livro. Ela havia morado nos Estados Unidos, e estava de volta a Argentina. Depois ela se envolve com Leopoldo Druscovich Filho, que havia cometido um crime na juventude, e é editor de uma revista. O livro é repleto de características próprias. No início de cada capítulo há a descrição de uma passagem de algum filme do cinema. Não achei relação nenhuma com o assunto do livro. A narrativa é cheia de inovações, como um diálogo em que só é descrita a fala de um dos participantes, como se estivéssemos ouvindo uma conversa de alguém ao telefone. Há uma parte em que um oficial da polícia pede ao seu assistente gravar uma conversa dele no telefone, mas o dispositivo falha, e o assistente, então, "taquigrafa" a conversa, e no livro é colocada apenas a versão "taquigrafada", complicando o entendimento. Há um capítulo, o décimo terceiro de um total de dezesseis, em que é colocada, as sensações que os personagens experimentam diante de uma determinada cena, e as sensações descritas pouco tem a ver com o fato real que está acontecendo no momento. Mais para o final há uma parte em que ele coloca "Naquele momento, seu raciocínio (do personagem), em poucas palavras, eram:". Essa experiências ou características, para mim, tornaram o livro confuso e comprometeram seu entendimento. Talvez seja arte, mas eu não gostei. Nota 4.5

terça-feira, julho 18, 2006

As Cabeças Trocadas

  • Título: As Cabeças Trocadas
  • Autor: Thomas Mann
  • Editora: Nova Fronteira
  • Páginas: 145

Li mais um livro de Thomas Mann, "As Cabeças Trocadas". Trata-se de uma história passada na Índia, com nomes, "santos" e crenças indianas. Dois amigos viajam, e numa parada vêem uma bela jovem tomar um banho purificador. Um deles, Shridaman, se apaixona pela garota, Sita, a ponto de se considerar doente incurável, e por isso planejar se suicidar. O outo amigo, Nanda, se dispõe a morrer com ele, mas quando descobre que a doença do amigo é paixão, trata de unir os dois, que se casam em pouco tempo. O problema é que o Shridaman é belo, mas com um corpo magro, e Nanda, não é bonito, mas possui um belo corpo. Como sempre estão juntos, acontece de Sita sentir atração por Nanda. Numa viagem à aldeia da Sede dos Touros Gibosos, terra dos pais de Sita, eles três erram o caminho, e vão parar numa caverna onde Shridaman desejou fazer uma pequena oração. O que transcorre daí em diante é a parte principal da história. Embora esse livro tenha sido melhor do que o outro de Thomas Mann, que li há poucos dias, "Tônio Kroeger", ele é repleto de palavras (nomes, deuses, lugares) indianos, e um palavreado um tanto quanto formal. Mas a história é interessante, e lê-se rápidamente. Nota 6.0

sexta-feira, julho 14, 2006

Tônio Kroeger

  • Título: Tônio Kroeger
  • Autor: Thomas Mann
  • Editora: HEMUS
  • Páginas: 115
Li em pouco tempo, uns dois dias talvez, o livro "Tônio Kroeger", que vem a ser a história, resumida, da vida do mesmo. Na infância, ele era "apaixonado" pelo amigo Hans, por quem tinha uma grande admiração. Na juventude gostou da loura Inge, mas não consegui namorá-la. Depois saíu da cidade de onde nasceu, se tornou ecritor (ele escrevia poemas quando jovem) e finalmente voltou a cidade onde passou a sua infância. Na viagem ele vê Hans e Inge juntos. Não sei, talvez não tenha entendido bem o livro, mas achei chato, "sem sal", embora tenha lido rapidamente. Pode ter sido falta de concentração, mas a verdade é que o livro não me conquistou. Nota 4.0

quarta-feira, julho 12, 2006

Acuso

  • Título: Acuso!
  • Autor: Diógenes Magalhães
  • Editora: Edições Coisa Nossa
  • Páginas: 170
Comprei o livro "Acuso!", na sexta-feira passada, em uma bancada no Centro da cidade por R$1,00. O livro, na sexta edição (a primeira é de 1981) é a história do próprio autor, que passou 13 anos fazendo psicanálise para curar de sua neurose, e acabou não tendo resultado. Ele acusa (título do livro) o seu psicanalista, e a psicanálise em geral de ser uma grande enganação. Após o prefácio e o primeiro capítulo, o restante do livro é escrito como se fossem cartas que o autor gostaria de ter enviado ao seu psicanalista. O estilo é bem agressivo (na capa está escrito:"O livro mais agressivo que se publicou em língua portuguesa!"), e de certa forma é engraçado, embora trate-se de uma história triste. O livro é muitas vezes repetitivo, mas isso é advertido pelo autor no prefácil. Isso faz com que o livro perca um pouco de qualidade, mas é interessante de ler (tanto que li ao mesmo tempo que o livro anterior - Mudando para Melhor). O livro deve ser lido por quem gosta ou desgosta de psicologia e afins; ou que já tenha feito algum tipo de análise. Podem ser forte as acusações do autor, mas é bom que cada um tire suas próprias conclusões. Se o caso é real, não creio que o autor tivesse a intenção de ser engraçado, mas em algumas partes acaba sendo. Nota 7,0

Mudando para Melhor

  • Título: Mudando para Melhor
  • Autor: Kau Mascarenhas
  • Editora: Altos Planos
  • Páginas: 205
  • ISBN: 8599818015

Terminei de ler ontem, terça-feira, "Mudando para Melhor", que é um livro de auto-ajuda que me foi recomendado. Kau Mascarenhas é arquiteto e espírita. Ele ensina o funcionamento da PNL (Programação Neurolingüística) e fala de atitudes que devemos tomar na vida para que ela se torne melhor. Devemos ter objetivos e lutar por eles. Parece tão fácil...Mas não é. Ele fala sobre a necessidade do desapego, de perdoar e outras idéias espiritualistas. É um livro bom de se ler, um livro "pra cima", positivista, ou coisa do gênero. Todavia achei ele um pouco primário, acho que a palavra correta não é bem essa, é que as explicações que são dadas no livro são repetitivas, com historinhas simples e infantis para exemplificá-las ou ilustrá-las. No início de cada capítulo tem uma espécie de poema e um desenho do próprio autor. A essência do livro é o planejamento que devemos fazer para alcançar o que desejamos na vida, e com isso mudarmos para um "outro nós", melhor do que éramos antes, ou seja, uma mudança para melhor. Nota 7,5

domingo, julho 09, 2006

O Ano do Pensamento Mágico

  • Título: O Ano do Pensamento Mágico
  • Autor: DIDION, JOAN
  • Editora: NOVA FRONTEIRA
  • Páginas: 221
  • ISBN: 8520918867

Li mais uma vez, um livro "filado" das livrarias, na maior parte do tempo na livraria do térreo da UERJ. "O Ano do Pensamento Mágico" é a história, autobiografada de Joan Didion, que narra como foi o ano posterior a morte do marido dela, de infarto, no dia dia 30 de dezembro de 2003. Além da morte do marido, ela passa pelo problema sério de saúde de Quintana, a filha deles. A história é muito triste e a Joan Didion consegue passar para o leitor o sofrimento muito profundo que ela experimentou com a morte de John Gregory Dunne, seu marido. Eles eram de uma típica classe média alta (média?) norte americana, e moravam em New York. Eram escritores e muito unidos, e isso fez da vida dela, após a morte do marido, uma tempo, um ano, muito triste, um ano de pensamentos mágicos. A magia aqui deve ser entendida como 'diferente','não óbvia', como é a maioria dos pensamentos das pessoas. Não é um livro recomendado para pessoas depressivas, pela sua intensa tristeza, mas é muito bom, muito bem escrito. Tenho um amigo que morreu recentemente, e talvez a esposa dele esteja passando por esse mesmo problema. Não sei se seria bom ou ruim para ela ler esse livro. A morte é uma coisa difícil de lidar, e por mais que a gente saiba que é natural e inevitável, gostamos de estar longe dela. O ano do pensamento mágico é um ano triste, aliás, mais do que isso, muito triste, mas é preciso sobreviver. Viver com a Joan o que ela viveu é uma experiência triste, mas é bom para entender a essência desses tempos. Nota 8,5

segunda-feira, julho 03, 2006

Viajando pela Nova Zelândia

  • Título: Viajando pela Nova Zelândia
  • Autor: José Ernani de Carvalho Pacheco
  • Editora: Juruá
  • Páginas: 256

Levei umas duas semanas para ler "Viajando pela Nova Zelândia" de José Ernani der Carvalho. Apesar de ser um livro turístico, ele é contado na primeira pessoa como um relato da viagem do autor pela Nova Zelândia. O primeiro capítulo é ocupado com dados gerais do país. A narrativa começa mesmo no segundo capítulo, e inicia desde Curitiba, onde o autor mora, passando por São Paulo, Buenos Aires, Rio Gallegos e finalmente Auckland. O autor vai dando informações úteis dos lugares em que vai passando. Em Auckland, ele aluga uma Campervan, e com sua companheira vai até o sul do país, retornando depois até o ponto de partida. A narrativa é agradável e sempre com informações interessantes sobre a viagem. Em diversos pontos ele rememora outras viagens que fez pelo mundo, quando o "assunto" "pede". O livro deve ser lido por quem planeja viajar, ou mesmo conhecer alguma coisa sobre o país. A leitura é fácil e agradável, embora simples e despretensiosa em termos literários. Nota 7.5