domingo, dezembro 31, 2017

>>> Melhor livro de 2017

O título vai para:

"O Céu nos Pertence" de Brendan I. Koener

O melhor livro de 2017, dos que eu li, foi, na minha opinião, claro, "O Céu nos Pertence", o primeiro livro que li no ano. Mas talvez minha opinião tenha a ver com o fato de eu gostar muito de aviação, inclusive, também gostei muito do "Erros de Pilotagem 5", livro que ganhei em uma "Show" de aviação no aeroporto do Galeão. Outros livros muito bons foram "Carga Perigosa", "Sexo na Casa Branca", "Código Explosivo" e o surpreendente "Onda", que me levou a comprar o "Mavericks A onda sinistra". Já "O Mundo Explicado por T.S. Spivet" e "Um Oceano em Iowa", dois livros visto do ponto de vista de crianças foram os mais originais, sei lá, diferentes. Vale a pena ler.

Argentina: Território e Globalização

Título: Argentina: Território e Globalização
Autor: María Laura Silveira
Editora: Brasiliense
Páginas: 87 + Indicações para leitura, lista de mapas e sobre a autora
ISBN: 8511000658

O livro é como se fosse uma tese universitária onde a autora descreve com palavras típicas desse tipo de texto e uma enxurrada de dados, fatos sobre a Argentina. Na verdade é um pouco mais do que isso. Conta muito da história do país, e como a Argentina chegou ao patamar que se encontra hoje, ou melhor, na época em que ela concluiu o livro, que teve a sua primeira edição em 2003.
Não é um livro indicado a quem goste de literatura do ponto de vista da arte, e sim para quem queira conhecer um pouco mais da história e geografia da Argentina. Esse tipo de literatura costuma ser enfadonha de ler, mas levando-se em conta esse ponto de vista, é até surpreendentemente melhor. Há mapas e indicações para leitura. O sumário, no início do livro conta com cinco capítulos e alguns subcapítulos. Autora se licenciou em geografia pela Universidad Nacional de Comahue, da cidade de Neuquén na Argentina, logo, ela conhece bem esse maravilhoso país. Nota 5.0

sexta-feira, dezembro 29, 2017

Um Oceano em Iowa

Título: Um Oceano em Iowa (An Ocean in Iowa)
Autor: Peter Hedges
Editora: Record
Páginas: 252
ISBN: 8501056111

Tradução: Beatriz Horta

O livro, comprado em uma feira de livros em Presidente Prudente, SP, por R$ 10,00, conta a história dos sete anos de Scotty Ocean, morador de Iowa. A família dele é constituída pelo pai, um juiz, a mãe, Joan Ocean e as irmãs Claire e Maggie, poucos anos mais velhas que ele. No início do livro há o aniversário de sete anos de Scotty. A história segue contando coisas como que ele vai a escola todos os dia, tem uma professora, a sra Boyden, dedicada a turma que promove atividades culturais. Ele tem alguns amigos, uma admiradora e a turma das séries superiores que não são tão amigáveis assim. Sua mãe é pintora e alcoólatra. Em algum momento do livro ela simplesmente vai embora abandonando o marido e os filhos.
O juiz faz tudo para manter a vida o mais normal possível. Ele é um bom pai.
Scotty fica vidrado na mãe de um colega de escola que recém mudou para a vizinhança. Certamente por não ter mais a sua própria mãe por perto. Ele não quer fazer oito anos. Perto do fim do livro, o pai constrói uma piscina que pretendia pronta para o quatro de julho, mas só fica pronta para o dia doze, o aniversário do temido oito anos de Scotty.
O livro conta com um índice de oito capítulos e é relativamente bom de ler. Embora seja uma história de um garoto com sete anos de idade, e seus colegas e irmãs de idade parecida, não é um livro infanto-juvenil. É mais para adulto mesmo, e acho que o autor soube descrever bem os sentimentos de uma criança com a idade dele. O título não tem nada a ver com o mar, e sim com o sobrenome do personagem. É bom, mas não é maravilhoso. Nota 6.0

quinta-feira, dezembro 21, 2017

Atlânticos & Pacíficos

Título: Atlânticos & Pacíficos
Autor: Daniel Chutorianscy
Editora: Garamond
Páginas: 102
ISBN:857617795

Esse é um livro que se diz de contos, mas não são bem contos que ele conta. Na verdade são textos aleatórios. O sumário conta com "Desprefácil", "Como se dias mágicos houvesse", "Verbo de contacto", "Desaceitando conformações rancorosas", "Nada enigmáticos sorriso", "Estrado na subida", "Trinca de palhaços", "Triparediano ou quadriparediano", "Lunetas e versões", "A idéia mais arrogante", "Nascem nas gretinhas", "Fruto vermelho e adocicado", "Vindas de sei lá onde", "Talismáquinas ou maquismã", "Filhos desses rumorosos tempos".
São textos onde o autor "brinca" por assim dizer, com as palavras, mas não achei leitura agradável. Alguns desses contos são sem "pé nem cabeça", uma leitura um tanto quanto maluca. Certamente é esse o estilo que o autor desejou obter, e conseguiu. Pode ser que agrade a alguns, mas não a mim. Aliás, o título do livro não tem nada a ver com o conteúdo.  Nota 4.0

sexta-feira, dezembro 15, 2017

Imagem Dupla

Título: Imagem Dupla (Double Image)
Autor: David Morrell
Editora: Rocco
Páginas: 434
ISBN: 8532515398

Tradução: Alberto Lopes

Esse livro foi um "brinde" do Projeto Mais Leitura ds Imprensa Oficial do RJ para quem compra 10 livros e tem o cartãozinho deles. Eu tenho. A escolha é meio aleatória em meio a somente alguns livros.
A história inicia na Bósnia onde o fotógrafo profissional Mitch Coltrane está tirando secretamente fotos de um grupo que estava tentando apagar provas de um genocídio. Ele é descoberto e consegue fugir, mas quase morre. Mitch volta para Los Angeles, onde mora, e passa a ser perseguido por Dragan Ilkovic, o criminoso responsável pelo genocídio.
Paralelamente a isso Coltrane vai a uma exposição de Randolph Packard, um fotógrafo famoso de quem Mitch admirava muito, e lá se conhecem e Packard acaba convidando Mitch a fazerem um projeto juntos. Entretanto Packard falece e Mitch continua o projeto sozinho. Isso o leva a comprar uma casa que foi de Packard, onde encontra fotos de uma bela garota. Ele pesquisa junto a um investigador particular e descobre que se trata de uma antiga atriz chamada Rebecca Chance. Packard também deixou uma propriedade no México para uma garota chamada Natasha Adler. Mitch vai atrás dela e fica espantado ao ver a imensa semelhança entra Tash (Natasha) e Rebecca. O livro, cheio de "viradas" leva a um fim "cinematográfico".
O texto é muito gostoso de ler. Prende o leitor o tempo todo. Composto de 12 capítulos e um epílogo. Cada capítulo tem alguns subcapítulos, quase todos curtos, o que facilita os intervalos de leitura. A história mistura mistério, suspense, romance, crimes e todos os ingredientes de um bom filme. O estilo lembra Dan Brown e Christopher Reich ("Farsa" e "A Vingança"). Nota 8.0

terça-feira, dezembro 05, 2017

Até as Vaqueiras Ficam Tristes

Título: Até as Vaqueiras Ficam Tristes (Even Cowgirls get the blues)
Autor: Tom Robbins
Editora: Marco Zero
Páginas: 359

Tradução: Reinaldo Guarany

Esse livro conta a história de Sissy Hankshaw, uma linda garota que nasceu com dois polegares anormalmente grandes, e que, talvez por essa razão, tenha se tornado uma "expert" em pegar caronas. Ela fazia isso o tempo todo, e era sustentada por uma tal de Condessa que não entendi direito se era homem ou mulher. Ela se torna modelo e vai gravar um comercial para a Condessa no rancho Rubber Rose. Lá ela encontra um grupo de garotas que em algum momento decidem que no rancho, que era uma espécie de SPA, só deveriam trabalhar mulheres. Vaqueiras, para ser mais exato. E no meio disso tudo há o problema com o Grous, pássaros que durante a sua imigração passavam pelo rancho. Na verdade o comercial que Sissy vai gravar tem a ver com a dança de acasalamento dos Grous. Os pássaros estão em extinção e as vaqueiras passam a protege-los, e de alguma forma, o governo dos Estados Unidos quer tomar posse do processo de "defesa" dos pássaros.
É mais ou menos isso. Na verdade o livro é confuso mesmo. E o autor faz questão de aparecer. Em alguns trechos ele conversa com os leitores e às vezes até se esquece da história. O subcapítulo 100, por exemplo, é todo dedicado a "comemoração" do autor por ter chegado ao subcapítulo 100. Pouco depois, no subcapítulo 104, ele narra uma discussão entre o cérebro e o polegar. Quer dizer, tem umas loucuras dessas, mas o livro até que é coerente, apesar de tudo.
Ele é dividido em 7 partes com 121 subcapítulos. Demorei um pouco para ler, mas não é por ser um livro maluco como possa parecer nesse minha breve descrição. Ainda assim acho que o autor "enrola" demais, entretanto com um pouco de paciência dá para terminar direitinho. Sem dúvida é um livro "diferente". Nota 5.5