quinta-feira, janeiro 26, 2017

Doar

Título: Doar (Giving)
Autor: Bill Clinton
Editora: Agir
Páginas 209 (211-212 Agradecimentos 213-224 Fontes 225-238 Índice)
ISBN: 9788522009619

Tradução: Cristina Cupertino

Bill Clinton, presidente dos Estados Unidos entre 1993 e 2001, ao deixar a presidência resolveu criar e manter a Fundação Clinton, instituição filantrópica com as finalidades de prover assistência médica, desenvolvimento econômico, promoção da cidadania e reconciliação étnica, racial e religiosa. Nesse livro, dividido em 13 capítulos, ele cita através de vários exemplos, como podemos doar para termos um mundo melhor. Não se trata apenas de doação de bens materiais, e sim a doação de uma forma mais ampla. São tantos os bons exemplos, que dá a impressão de o mundo não precisa de mais nada, entretanto sabemos que não é assim. Há muitas idéias boas acontecendo no mundo, e há maneiras de as ajudarmos ou mesmo copiá-las para nossa região, o que certamente a faria melhor. 
O livro é interessante de ler, e apesar do autor literalmente pedir que as pessoas doem e se doem, ainda assim é de um grande otimismo. Eu demorei a ler o livro por diversas razões, mas é fácil e rápido de ler, se o leitor se dedicar a ele. Não diria que é um livro maravilhoso, mas mostra idéias e informações bem interessantes. Nota 6.0

quarta-feira, janeiro 04, 2017

O céu nos pertence

Título: O céu nos pertence (The Skies Belongs to Us)
Autor: Brendan I. Koener
Editora: Zahar
Páginas: 280 (281-317 Notas; 319-320 Agradecimentos; 321-329 Índice remissimvo)
ISBN: 9788537811764

Tradução: Alexandre Martins

O livro, que tem como subtítulo "O maior sequestro aéreo de uma época insana" ("Love and Terror in the Golden Age of Hijacking") conta a história do sequestro do vôo 701 da Western Airlines, um Boeing 727 que fazia a rota Los Angeles-Seattle por Willie Roger Holder e Catherine (Cathy) Marie Kerkow. Holder era um ex-militar que serviu no Vietnã e voltou aos Estados Unidos com problemas com o exército. Kerkow era de uma cidadezinha do Oregon (Coos Bay) que foi parar em San Diego com problemas ligados a pobreza. Eles haviam se encontrado em Coos Bay por uns momentos quando crianças, e acidentalmente voltaram a se encontrar em San Diego onde se tornaram namorados. Em algum momento Holder decide que precisava sequestar um avião para ir para Hanoi. Entretanto, por circunstâncias do momento, ele decidiu trocar o destino para Argel. 
A história do livro não se resume a esse sequestro, na verdade conta como foi turbulento os anos de 1961 à 1972 em relação a sequestros de aviões no mundo, e sobretudo nos Estados Unidos, que é onde o livro se concentra. Havia pouquíssima segurança nos aeroportos e os sequestros aéreos aconteciam quase todas as semanas. Em princípio os sequestradores queriam ir para Cuba, mas depois a "atividade" se diversificou. É realmente quase inacreditável imaginar como era essa época. 
O livro é muito bom e bem completo. Eu gosto de todos os assuntos ligados a aviação comercial, mas a narrativa é boa para qualquer leitor. A história de Holder e Kerkow é quase um romance literário, com a diferença que foi real, portanto o final não pode ser pela vontade do autor. Embora o foco seja nesse sequestro, o livro conta sobre vários outros casos explicando muito bem o que aconteceu em cada um. 
No final do livro tem aquelas notas chatas que foram colocadas da pior maneira possível, por páginas e frases, mas felizmente as informações dessas notas não são relevantes é dá para ler o livro sem as consultar. Mas isso é um detalhe técnico que não tira o brilho livro. É  realmente muito bom. Nota 7,5

>>> Melhor livro de 2016

Estou inaugurando em 2017 um Post sobre o melhor livro de 2016.

Esse ano o título vai para:

Deixado para Morrer, de Beck Weathers com Stephen G. Michaud


postado em maio de 2016.

Talvez esse escolha tenha a ver com um dos livros que mais gostei que foi "No Ar Rarefeito", ele não está no blog porque o li antes de 2003, ano que iniciei o blog, mas gostei muito dele, e "Deixado para Morrer" fala sobre a mesmo evento do "Ar Rarefeito". Independente disso, é realmente um livro muito bom.


Obs: Aviso que  a escolha não tem necessariamente a melhor nota (nesse caso tem) por que as notas, como já disse antes, tem a ver com muitos fatores, inclusive externos. Sei que o ideal é ser completamente imparcial, mas ainda assim reforço que as notas não são nada de especial.