sábado, abril 28, 2018

Vitória * O Sonhador

Título: Vitória * O Sonhador (Viktória / Svaermere) tradução do norueguês
Autor: Knut Hamsun
Editora: Boa Leitura Editora S.A.
Páginas: 256

Tradução: Constantino Paleólogo (Vitória)
Maria Delling (O Sonhador)

Knut Hamsun, cujo nome real era Knut Pedersen, nasceu na Noruega e viveu entre 1859 e 1952. Ele é autor dessas duas histórias colocados em um único livro. A primeira, "Vitória" conta a vida de Johannes, filho de um moleiro (que administra um moinho) e é apaixonado por Vitória, de um classe social superior a sua. Aparentemente Vitória também gosta dele, mas por convenções sociais eles não podem ficar juntos. Johannes sofre muito com isso, e a história é sobre o amor irrealizado dos dois. Já "O Sonhador", conta a história do telegrafista Ove Rolandsen, que é noivo de Marie van Loos, governanta da Casa paroquial. Rolandsen gosta de Olga que deve se casar com Frederik Mack, filho de um comerciante local muito poderoso e rico mas que ajuda muito a comunidade. Mack é roubado e fica extremamente preocupado com o que aconteceu com sua comunidade, já que ele a ajudava tanto. Mack oferece uma quantia grande em dinheiro para quem solucionar o caso, inclusive para o ladrão, se ele se apresentar.
São história interessantes, mas penso que ligadas ao país e a época em que foram escritas. Achei a primeira história, inicialmente, um livro para adolescentes, mas depois ficou um pouco mais séria. A segunda história é focada em Rolandsen, que, embora noivo de Marie van Loos, está querendo desmanchar o namoro. Não são ruins de ler, mas também não empolgam. O mais interessante é ver as diferenças e semelhanças entre a cultura do país e do tempo em relação a nossa realidade. Nada anormal, mas é um pouco diferente. Nota 5.0

sábado, abril 14, 2018

Os Funerais de Mamãe Grande

Título: Os Funerais de Mamãe Grande (Los Funerales de la Mamá Grande)
Autor: Gabriel Garcia Márquez
Editora: Sabiá
Páginas: 171

Tradução: Édson Braga

Segundo a "orelha" do livro, esse é o único livro de contos de Gabriel Garcia Marquez. Os contos são: "A Sesta da Terça-Feira", "Um Dia Desses", "Nesta Terra Não Há Ladrões", "A Prodigiosa Tarde de Baltazar", "A Viúva Montiel", "Um Dia Depois do Sábado", "As Rosas Artificiais" e "Os Funerais da Mamãe Grande", que dá nome ao livro. São contos, que embora sejam independentes, há personagens e lugares que se repetem, como os famosos Buendia e Macondo que se não me engano era a cidade ambientada em "Cem Anos de Solidão", a obra do autor mais famosa.
O livro não é grande, assim como a maioria desses contos. Não achei nenhum que merecesse destaque, e em alguns casos foram até maçantes, mas dá para se distrair um pouco. Há algo de fantasioso nos textos, mas sem exageros. Não é nenhuma obra prima, entretanto pode ser um bom ponto de partida para quem deseja conhecer a literatura do famoso autor. Nota 4,5

quarta-feira, abril 11, 2018

Loucos pela Tempestade

Título: Loucos pela Tempestade (Crazy for the storm)
Autor: Norman Ollestad
Editora: Record
Páginas: 303
ISBN: 9788501087720

Tradução: Dinah Azevedo

No dia 19 de fevereiro de 1979, Norma Ollestad estava em um pequeno avião com seu pai, a namorada dele, Sandra, e o piloto, quando o avião colidiu com uma montanha na Califórnia. Ele estava com 11 anos e sobreviveu. Sandra, também, mas não por muito tempo. Ele teve que descer do local do acidente sozinho para procurar ajuda. O livro conta essa história, alternando capítulos com a história da vida de Norman. O pai sempre aventureiro, o obrigava a surfar e a esquiar, mesmo em condições adversas. Ele não gostava muito disso, mas depois da morte do pai ele passou a gostar muito de surf. Norman teve uma infância conturbada com a mãe e Nick o namorado alcóolatra dela. É interessante ler sobre o relacionamento entre Nick e Norman, que era, diria, instável, mas não totalmente ruim.
O livro é interessante de ler, e a Pacific Coast Highway 1, na California é citada em muitas passagens. Ressalto isso porque já dirigi por lá e acho o lugar maravilhoso. Mas voltando ao livro, é autobiográfico, e fácil de ler, com capítulos curtos e uma fluência tranquila. Norman Ollestad é uma pessoa comum, como a maioria de nós, que teve um pai aventureiro e um padrasto, digamos assim, irregular. É mais um daqueles livros que considero um passatempo, embora seja um pouco mais profundo do que isso. No epílogo ele, já bem mais velho e com um filho nascido, volta ao local do acidente e tem contato com as pessoas que o ajudaram naquele dia fatídico. Achei essa parte bem interessante. Por outro lado, achei muito mal escolhido o título, não tem nada a ver com o livro. Nota 6,5