Título: Noite Macho
Autor: Luiz Carlos Machado
Editora: Cátedra

Páginas: 130

"Noite Macho" é um livro de contos, e "Noite Macho" é o último da lista. Por alguma razão o livro é dividido em 3 partes, cada uma com alguns contos. E claro, não dá para resumir cada um aqui. Pelo menos esse não é o propósito.

Há contos curtos com duas páginas por exemplo, e alguns mais longos. A questão é a qualidade deles. Achei que há muita "arte" nesses escritos. Digo, fantasias e coisas sem nexo. O problema é que o autor não se preocupa com a lógica da vida. Escreve qualquer coisa que sai da sua cabeça, tendo sentido ou não. Não é o tipo de literatura que eu goste, mas tenho que adimitir que não é ruim de ler. O problema é você querer saber o que vai acontecer ou a explicação para alguma coisa e o autor não se preocupar em explicar. Ele, como dono da história, a interrompe a hora que quer, deixando, às vezes, o leitor na mão. Mas ainda assim não é ruim de ler. Só não espere muita lógica no livro. O conto que mais me chamou atenção foi "Missão Autotomia", que teve o problema de não explicar as coisas no final. Outro interessante foi "Os filhos queridos" que se passa no Centro do Rio de Janeiro nos anos 60/70, contos que fazem o leitor pensar. São bons de ler, mas são mais para passatempo. Nota 5.5

 

Cais da Sagração

Título: Cais da Sagração

Autor: Josué Montuello

Editora: Nova Fronteira

Páginas: 309 (311-322 Críticas ao livro)

A história do livro é a seguinte: Mestre Severino, barqueiro de algum lugar do Maranhão, vive de levar passageiros e cargas para São Luis, capital do estado. Ele mora com Lourença, mas nas idas e vindas para São Luis ele conhece Vanju, uma menina de programa por quem se apaixona e quer se casar com ela. Ele leva Vanju para a cidade dele e fica com ela, mas não manda Lourença embora, ficam morando os tres na mesma casa. Lourinça não pode, por alguma razãp, dar um filho para o Mestre Severino, mas Vanju engravida e acaba dando uma filha para o suposto marido. Mas ele queria um filho homem, para ser barqueiro a quem ele queria entre o Bonança, o barco que ele recebeu do pai e queria que algum filho continuasse a navegar. Mas Vanju tem Mercedes, uma filha que ele tem que aceitar e até gostar. Mais tarde ele desconfia de Vanju e a mata, isso mesmo, ele mata ela por desconfiança de futura infidelidade. Mercedes tem um filho, mas morre de parto, e Mestre Severino finalmente tem um filho a quem doar o barco. Acontece que o filho não é muito a fim daquela vida de mar, até porque ele é gay. Mas Mestre Severino insiste naquilo.

No final ele leva o neto, o Pedro, a uma viagem a São Luis, mas tem alguns desgostos com ele na viagem. Na volta o Pedro o ajuda a levar o barco de volta, pois Severino está mal de saude.

É um um livro bom de lar, mas longe de ser maravilhoso. De qualquer forma é gostoso e se alguém gosta de histórias do nordeste e de barcos, vale a pena ler. Nota 6;5