Tradução: Álvaro Hattnher
Comentários sobre livros. Criação: 15 de julho de 2003. Envie um e-mail para - mfsbooks@usa.com - e fale sobre o blog
Tradução: Álvaro Hattnher
Tradução: Tatiana Belinky
"Causos" russos, que por alguma razão não tinha no livro o nome original da obra, é um pequeno livrinho de contos, com pouco mais de vinte deles, que falam sobre o cotidiano suponho da Russia, em uma época que ainda fazia parte da União Soviética. São curtos e fáceis de ler, apesar de o nome dos personagens serem impronunciáveis para nós brasileiros. Ele tem uma tendência ao bom humor, mas não achei nenhum conto muito engraçado, mas sim gostoso de ler. É um livro simples daqueles que eu consideraria livro "passatempo". Não é profundo e nem almeja isso. É apenas para entretenimento. Os contos não apresentam surpresas, mas também não são óbvios. Vale realmente a pena ler. E se tiver tempo e disposição, acaba com o livro em menos de 24 horas. Nota 5.0
Emiliano, um caminhante, chega uma serra e vê do alto sete povoados. Vai descendo ao encontro desses lugares e a medida que chega, vai percebendo que na verdade não são cidades, mas apenas pedras. Ele acha uma caverna onde há diante dela uma estátua de um homem. Ele se instala na caverna, quando ouve um som de alguma outra pessoa. Então aparece uma linda morena chamada Selene. Eles conversam e ela afirma que não existe ninguém nas redondezas, mas não explica de onde vem e como veio parar ali. Fim da noite ela desaparece. Dia seguinte Emiliano encontra um velho com um burro carregando água. Ele também afirma ser o único habitante do local, e assim como Selene, não dá respostas completas às perguntas de Emiliano. O velho aguadeiro nem mesmo sabe seu nome mas atribui-se como nome Sumé . Ele reencontra Selene, e que novamente desaparece. O dia passa e o local torna-se um lugar florido e cheio de árvores frutíferas. Dia seguinte o mesmo lugar torna-se uma cidade completa. No outro dia é um cidade de ouro, onde há guerreiro que vão lutar, mas não sabem com quem, embora voltem terrivelmente feridos. Emiliano passa o tempo procurando por Selene. Até que nasce uma criança que ele "sabe" que é Selene, e ele a rouba e foge com ela. Em um dia ela passa de um bebê a adolescente e depois a uma moça, a Selene "original". Mas como sempre a noite ela some. A essas magias, Emiliano atribui a estátua que fica em frente a sua caverna. Ele odeia a estátua e o Sumé que ele acha são o mesmo, e planeja destruí-la. Mas uma vez ele encontra Sumé o velho aguadeiro e o segue até em casa. Encontra a esposa de Sumé, uma velha que Emiliano pensa ser Selene, mas depois o casal afirma que tem uma filha, e ele vai mais uma vez ao encontro de Selene. O livro vai nesse ritmo até um final estranho, aliás, como todo livro. É um estilo surreal que me lembrou de longe a surrealidade de "Cem Anos de Solidão" de Gabriel García Márquez. A ambientação fantástica é baseado nas "Sete Cidades do Piauí". É repleto de eventos fantasiosos, e é também marcado pela obsessão que Emiliano tem por Selene. Embora eu não goste muito desse estilo, o livro não é ruim de ler, apesar de às vezes ser angustiante a procura incessante que Emiliano tem por procurar Selene quando ela some. Para quem gosta do gênero, vale a pena ler. Nota 5.0