quarta-feira, novembro 24, 2021

A Mão e a Luva


Título: A Mão e a Luva
Autor: Machado de Assis
Editora: DCL
Páginas: 88
ISBN: 9788536815343

O livro conta a história de Estevão que era apaixonado pela Guiomar, sua colega de escola. Mas eles só trocavam olhares. Estevão precisou ir para São Paulo e pediu a Guiomar o escrever, mas ela respondeu: "Esqueça-se disso". Ele ficou inconsolável e foi desabafar com o amigo Luís Alves.
Dois anos depois, já formado em direito, Estevão volta para o Rio e fica na chácara de Luís Alves. Então ele descobre  que Guiomar era vizinha de Luís, e o amor represado e esquecido voltou com toda força. Guiomar morava com a madrinha, a baronesa que a havia adotado após a morte dos pais da menina. Na chácara da baronesa morava também uma espécie de empregada da casa Mrs Oswald, uma inglesa que teve alguns problemas na vida e acabou ficando com a baronesa. Guiomar tinha um primo Jorge que também gostava muito dela. Muitas coisas acontecem até um desfecho surpreendente, mas claro, não vou contar aqui.
O livro me parece típico de Machado de Assis, que gosta de "conversar" com os leitores em alguns momentos. A história se passa no século 19, quando o Rio de Janeiro era outro em relação aos tempos atuais. Imagina que existiam chácaras em Botafogo!
É gostoso de ler, com capítulos curtos, sendo que o próprio livro é curto. Dá para ler em 2 ou 3 dias. Vale a pena. Nota 6.0

domingo, novembro 21, 2021

Quincas Borba



Título: Quincas Borba
Autor: Machado de Assis
Editora: DCL
Páginas: 200
ISBN:9788536815367

Quincas Borba, morador de Barbacena, filósofo e com muitos bens morre no início do livro. Ele tinha um cachorro que batizou com o seu próprio nome: Quincas Borba. Ele não tinha parentes e deixou tudo que possuia para Rubião, seu grande amigo, com a condição de Rubião cuidar do cachorro. Este vai morar no Rio de Janeiro, e no caminho, em um trem,conhece o Palha e sua esposa Sofia. Eles ficam amigos, e empresta dinheiro ao Palha. Ele janta algumas vezes com o casal e aos poucos se apaixona pela Sofia. Ele inclusive, em uma noite festiva acaba se declarando para ela, mas ela prefere tentar ignorar, mas conta ao marido, que também tenta ignorar o caso. Mais para o final do livro, Rubião fica meio que maluco e vai inclusive para uma espécie de hospício. Mas ele melhora e volta para Barbacena, tendo perdido quase tudo. Em Brabacena fica meio que doido novamente e a história tem um final triste.
É um livro típico do Machado de Assis, e portanto bom, mas acho que estica muito a história, apesar de só ter 200 páginas. É uma história interessante que se passa no século 17/18, e se passa na maior parte do tempo no Rio de Janeiro daquela época. Nota 5.5

quinta-feira, novembro 04, 2021


Título: O Velho da Horta e Auto da Barca do Inferno
Autor: Gil Vicente
Editora: DCL
Páginas 80
ISBN: 9788536807584

Esse livro tem duas histórias distintas. A primeiro "O Velho da Horta" conta a o caso de um velho que tinha uma horta e se apaixona por uma moça que veio comprar algumas hotaliças. Entretanto a moça não quer nada com ele, sobretudo pela sua idade. A segunda história "Auto da Barca do Inferno" conta uma história de que havia duas barcas, a do Inferno com o diabo e a da Glória com o anjo. Várias pessoas conversam com as o diabo e depois com o anjo com o óbvio intuito de pegar a barca da Glória, mas o anjo as rejeita todas, a excessão dos últimos que são 4 cavaleiros que trazem a cruz de Cristo. As outras acabam na barca do Inferno. No final entendi que é o que acontecia com essas pessoas quando elas morriam.
Na verdade essas contos são peças de teatro que foram encenadas na época que viveu o autor, no final do século XV e início do XVI. São todas diálogos com rimas que não deixam de ser interessante de ler. Mas não é o tipo de livro que me agrade, mas para quem gosta de rimas é bom de ler. Nota 5.0 

segunda-feira, novembro 01, 2021


Título: Cartas Chilenas
Autor: Tomás Antônio Gonzaga
Editora: DCL
Páginas: 128
ISBN: 9788536815336

Graças ao prólogo pude saber que esse livro não tem nada a ver com o Chile. Na verdade é sobre Vila Rica, atual Ouro Preto. Acontece que nessa época escrever qualquer coisa contra o governo podia resultar em morte. Então o autor optou por dizer que era sobre a Chile. Interessante que ele trata o Chile como A Chile.
São um total de 13 cartas que ele assina como Critilo escrevendo a um personagem chamado Doroteu. O livro é em forma de poema sem rimas, e obviamente há críticas a quem ele chama de chefe. Há inúmeras e irritantes notas de pé-de-página para explicar palavras e expressões. Isso pode ser eventualmente útil, mas o editor exagerou.
Achei o livro muito ruim de ler, e se não fosse o prólogo eu mal entenderia do que se trata. Pode ser que seja útil para quem goste de história, mas eu não gostei. Nota 2.0