Medo de Voar

Título: Medo de Voar (Fear of flying)

Autor: Erica Jong

Editora: Círculo do Livro

Páginas: 316 (317-318 - O autor e sua obra)

Tradução: Affonso Blacheyre

Há muito tempo eu li esse livro, que foi o primeiro que li da Erica Jong (tudo bem, confesso que estou meio que viciado nessa autora). Resolvi reler pois ele não estava no blog. A história é de sua personagem mais famosa, Isadora Wing, uma escritora judia de New York. O início do romance é em um vôo da Pan Am de New York para Viena onde seu marido, Bennett Wing, psiquiatra de origem chinesa, vai participar de um congresso. Quando chegam lá, conhecem Adrian Goodlove, um psiquiatra inglês por quem Isadora se sente imediatamente atraída. Ele saem juntos, e acabam se tornando amantes, com o conhecimento do marido. Bennett pede a ela que desista de Adrian, e Adrian pede a ela que depois do congresso, parta com ele em uma viagem de carro pela Europa. Ela fica dividida, mas acaba optando por ir com Adrian. A viagem deles é bem liberada, com muito álcool e sexo. Durante a viagem ela conta a ele sobre os dois maridos que teve antes de Bennett e outras coisas de sua vida. Finalmente em Paris ele a deixa e ela fica um pouco perdida, mas depois vai para Londres a procura do marido, além de outros compromissos que tinha lá com o editor dela.

O livro é um pouco psicanalítico, com interpretações sobre o comportamento vindas de Adrian, Bennett e da própria Isadora. É bem interessante também a vida deles em relação ao relacionamento amoroso e sexual. A liberalidade dos psiquiatras é um pouco exagerada em comparação com a maioria das pessoas, pelo menos essa foi minha impressão. Esse não é um livro para crianças, mas acho que adolescentes gostariam. Eu achei muito bom, apesar de algumas citações de poemas e achar que alguns trechos poderiam ser um pouco menos longo. Mas ainda assim é um livro que todos deveriam ler. Esse livro é tido por muitos como em parte autobiográfico, mas no "apêndice" - O autor e sua obra - ela nega. Entretanto, se você ler a sua autobiografia ("Medo dos Cinquenta") vai ver que é mesmo autobiográfico. Nota 7,5