domingo, fevereiro 15, 2015

Um Hotel na Esquina do Tempo

Título: Um Hotel na Esquina do Tempo (Hotel on the Corner of Bitter and Sweet)
Autor: Jamie Ford
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 362 + Uma palavra do autor até 364 e Agradecimentos até 366
ISBN: 9788520921821
 
Tradução: Regina Lyra
 
Henry é um garoto de ascendência chinesa, de 12 anos, que mora na Seattle de 1942, época da 2ª Guerra Mundial. Ele estuda em um colégio para "brancos" e sofre bulling de alguns garotos americanos, sobretudo pela sua origem oriental. Ele ajuda no refeitório da escola onde conhece Keiko, uma garota de ascendência japonesa que também ajuda no refeitório. Eles se tornam grandes amigos, apesar do pai de Henry ser radicalmente contra os japoneses, por causa de uma guerra nipo-chinesa, ou sino-japonesa, ou nipo-sino (existe isso?). Com o endurecimento da guerra dos Estados Unidos contra os japoneses, Keiko e sua família são obrigados a se mudar para uma espécie de campo de concentração em Harmony. Henry tem a chance de ir lá e reencontra Keiko. Infelizmente, aquele era um lar provisório, e posteriormente os japoneses são enviados a Minidoka, em Idaho. Eles passam um tempo separados, mas quando Henry faz 13 anos, ele dá um jeito de ir a Idaho e reencontra Keiko. Ele já havia percebido que gostava muito mais dela do que imaginava, e acabam se tornando namorados naquele dia. Infelizmente ele precisa voltar e depois acabam perdendo o contato.
A narrativa dessa época é alternada, em capítulos aleatórios, com o ano de 1986 quando Henry, já então viúvo de Ethel, passa dias no Hotel Panama procurando por um disco de jazz, que ele e Keiko compartilharam naquela antiga época. Ele, o filho Marty e a namorada do filho acabam encontrando o disco, que mesmo quebrado é uma grande recordação. Daí a história leva a um destino inevitável, mas é preciso ler para entender.
Achei o livro muito comovente. O autor fez lembrar, ou entender o sentimento de perda, de nostalgia e de uma grande paixão. É muito bom, realmente. É um livro daqueles que dá pena de terminar, e sentimos saudade dos personagens quando ele acaba. Nota 8,5