quarta-feira, julho 21, 2004

Terminei de ler hoje, bem cedo, a "Ilha de Selkirk A Verdadeira História de Robinson Crusoé". O livro que me pareceu inicialmente um pouco confuso, é na verdade muito bom. Confuso fui eu !. Ele conta a história de Alexander Selkirk antes, durante e depois da estadia dele na ilha (chamada de Juan Fernadez na época). Fala de como ele foi parar lá, do seu resgate, do que aconteceu depois, de como ele morreu, e como está a ilha nos tempos atuais. E isso numa narrativa fácil e gostosa de ler.
É muito difícil para a maioria das pessoas compreender o que é passar 4 anos e 4 meses numa ilha isolada no Pacífico Sul, precisando cuidar da sua sobrevivência, e sem nenhuma garantia real de ser encontrado. Eu acho que a solidão não é ruim, desde que seja opcional. Essa história deu origem ao livro "Robinson Crusoé", que passa 28 anos numa ilha, também isolado da civilização. Eu não li "Robinson Crusoé", mas a julgar por "Moby Dick" (faço essa comparação por se tratarem de livros clássicos, com temas correlatos, e que ambos foram inspirados em fatos da vida real) deve ser bem mais demorado de se ler. O livro "A Ilha de Selkirk" é dividido em 7 capítulos, sendo que apenas o terceiro "A Chegada", de cerca de 30 páginas, é que narra quase exclusivamente a estadia dele na ilha. Ainda não posso julgar qual dos livros acharia melhor, sei que "Robinson Crusoé" é bem mais famoso que esse, mas eu prefiro ler a realidade do que a ficção. Para mim, a história real de um náufrago que passa 4 anos e 4 meses isolado numa ilha, é muito mais impressionante do que a ficção de um náufrago que passa 28 anos. Nota 8,5