quinta-feira, maio 26, 2005

Salve Sua Vida

Bem, queria terminar o livro antes do feriado que é hoje. E consegui. Li um pouco ontem à noite no Shopping Nova América, um pouco antes de dormir, e finalmente, acordei de madrugada e terminei de ler as poesias. Sim, por que a história vai até a página 262, daí em diante, até a página 295 são "Poesias de Amor". Mas isso tem a ver com o livro. Há um determinado momento em que Isadora, a personagem principal, escreve várias poesias que envia para Josh, na Califórnia. São essas as poesias, pelo menos é o que parece, embora isso não esteja explícito em nenhum lugar do livro (ou eu não li).
O livro fala muito de poesias, pois Isadora é escritora, mas a psicanálise está mais presente no livro. O seguinte trecho, na página 167 mostra um pouco do que eu quero dizer:
"Por estranho que pareça, era verdade que mesmo durante meus piores pânicos de voar, eu sempre tive pavor de decolar e quase sempre apreciei a aterrissagem. Isso era absurdo, porque aterrisar era efetivamente a hora mais perigosa. Mas talvez o que realmente eu temesse fosse sair de casa - e de repente sair de casa já não era aterrorizante. Minha casa era o lugar onde eu estivesse. E naquele exato momento eu estava voando."
Ou nesse, na página 233:
"Era por isso que eu permanecia com Bennet muito tempo depois de saber que o casamento estava morto. Que maravilha ter alguém a quem culpar! Que maravilha viver com o nêmesis de alguém! Você pode ser infeliz, mas você se sente sempre certo. Pode estar aos pedaços, mas você se sente absolvido de toda a culpa por isso. Tome suas vidas em suas próprias mãos, e o que acontece? Uma coisa terrível: ninguém a quem culpar."
É esse o jeito dela escrever. O livro é desses que pode ajudar as pessoas a enxergar melhor a vida que estão vivendo. É bom, e realmente é bem, digamos, realista sobre sexo. Embora antigo, a temática é atemporal. E de brinde uma boa comparação, quase metafórica, entre Los Angeles e Nova Iorque. Nota 8,5